Apologética - Albright

Apologética - Albright

Albright, William F. Foi chamado o deão dos ar­ queólogos bíblicos americanos. Filho de missioná­ rios metodistas e nascido no Chile (1891-1971), obteve seu doutorado na Universidade John Hopkins em 1916. Entre suas principais obras es­ tão From StoneAge to Chnstiamty [Da Idade da Pe­ dra ao cristianismo], Archaeology and the religion of Israel [/I arqueologia e a religião de Israel], The archaeology ofPalestine and the Bible [A arqueolo­ gia da Palestina e a Bíblia], Yahweh and thegods of Canaan [Iavé e os deuses de Canaã], The excavation at Tell BeitMirsim [A escavação em TellBeitMirsim] e Archaeology ofPalestine [Arqueologia da Palesti­ na], Escreveu vários artigos e usou sua influência como editor do Bulletin of the American School of Oriental Research [Boletim da Escola Americana de Pesquisas Orientais] de 1931 a 1968. Foi um dos lí­ deres da Escola Americana de Pesquisas Orientais (eapo) por quase 40 anos.

Importância apologética. A influência de Albright na apologética bíblica foi enorme e refletiu sua mu­ dança do liberalismo teológico para o conservadoris­ mo protestante. Seu trabalho destruiu muitas propo­ sições de críticos liberais antigos (v. Crítica da Bíblia), que agora podem ser chamadas pré-arqueológicas. Por meio de suas pesquisas e descobertas, Albright che­ gou a várias confirmações vitais:

Autoria mosaica do Pentateuco.

O conteúdo do Pentateuco é, em geral, muito mais anti­ go que a data em que foi editado; novas descobertas conti­ nuam a confirmar a precisão histórica da literatura antiga em cada um de seus mínimos detalhes. Mesmo quando é necessário admitir adições posteriores ao núcleo original da tradição mosaica, essas adições refletem o crescimento normal das instituições e práticas antigas ou o esforço feito por escribas posteriores de salvar o máximo possível das tradições existentes sobre Moisés. Assim, é puro exagero da crítica negar o caráter substancialmente mosaico da tradi­ ção do Pentateuco (Archaeology ofPalestine, p. 225).

A historicidade dos patriarcas.

As narrativas dos patriarcas, de Moisés e do Êxodo, da conquista de Canaã, dos juizes, da monarquia, do exílio e da restauração, todas foram confirmadas e ilustradas de um modo que eu pensava ser impossível há 40 anos (Christian century, p. 1329).

Excetuando-se alguns obstinados entre os eruditos mais velhos, não há quase nenhum historiador bíblico que não esteia impressionado com o acúmulo rápido de dados que apoiam a historicidade substancial da tradição patriarcal (Biblical periodA).

Abraão, Isaque, e Jacó não parecem mais personagens isoladas, muito menos reflexos da história israelita poste­ rior; agora eles parecem mais verdadeiros filhos da sua época, com nomes semelhantes aos de seus contemporáneos, deslocando-se pelo mesmo território, visitando as mesmas cidades (principalmente Harã e Naor), praticando os mesmos costumes que seus contemporâneos. Em outras palavras, as narrativas patriarcais têm um núcleo histórico com- pleto, embora seja provável que uma longa transmissão oral dos poemas originais e sagas em prosa posteriores que subjazem no texto atual de Gênesis tenha refratado consideravelmente os eventos originais (Archaeology of Palestine, p. 236).

Evidência a favor do at. "Não resta dúvida de que a arqueologia já confirmou a historicidade substancial da tradição do Antigo Testamento" (Archaeology and the religion of Israel, p. 176).

A medida que 0 estudo crítico da Bíblia for mais e mais influenciado pelo novo e rico material relacionado ao Ori- ente Médio antigo, veremos 0 aumento gradual do respei- to pela signifícância histórica de passagens negligencia- das ou rejeitadas atualmente no at e no nt" (From Stone Age to Christianity, p. 81).

Os rolos do mar Morto provam conclusivamente que devemos tratar 0 texto consonantal da Bíblia hebraica com 0 maior respeito e que a emenda li- vre de passagens difíceis a que muito eruditos críticos modernos se entregaram não pode mais ser tolerada (Recent discoveries in Bible lands [Recentes descobertas nas terras bíblicas],p. 128).

Graças às descobertas de Qumran, 0 Novo Testamento prova ser na verdade 0 que acreditavam que fosse: 0 ensinamento de Cristo e de seus seguidores imediatos entre 25 e 80 d.C (From Stone Age to Christianity, p.23).

Os dados bíblicos históricos são muitos mais precisos que as idéias dos estudantes críticos modernos, que tendem sistematicamente a errar para 0 lado da crítica exacerbada (.Archaeology of Palestine, 229).

A unidade de Isaías. Sobre a teoria antiga e popular de que havia dois autores de Isaías (v. Deutero-Isaías), Albright fez a seguinte objeção numa entrevista:

Pergunta:'Muitas passagens em Isaías 40-66 denunciam a idolatria como um mal atual em Israel (e.g., 44.9-20; 51.4-7; 65.2,3; 66.17). Como elas podem ser conciliadas com a teoria de autoria pós-exílica, já que a idolatria certamente não foi reintroduzida em Judá após a restauração..?' Resposta: 'Eu não creio que qualquer parte de Isaías 40-66 seja posterior ao século vi a.C.' (Toward a more conservative view, p. 360).

Datação do nt. "Na minha opinião, cada um dos livros do Novo Testamento foi escrito por um judeu batizado entre os anos 40 e 80 do século 1 a d. (muito provavelmente entre 50 e 75 d.C.)" (ibid., p. 359).

Já podemos dizer com certeza que não há mais base sólida para datar qualquer livro do Novo Testamento de- pois de meados de 80 d.C., duas gerações completas antes da data entre 130 e 150 proposta pelos atuais críticos mais radicais do Novo Testamento" (Recent discoveries in Bible lands, p. 136).

No artigo "Descobertas recentes na Palestina e 0 evangelho de são João", Albright argumentou que a evidência em Qumran mostra que os conceitos, terminologia e mentalidade do evangelho de João provavelmente pertenceram ao início do século 1 (v. Novo Testamento, datação do).

Conclusão. Do ponto de vista apologético, 0 eminente e respeitado arqueólogo apóia com firmeza as colunas mestras da apologética histórica. Com alguma incerteza sobre a transmissão do registro oral do Pentateuco, Albright acredita que as evidências atuais e descobertas previstas demonstrarão que ambos os testamentos são historicamente precisos. As datas desses livros são antigas. A profecia preditiva do at e a historicidade das narrativas a respeito de Cristo e da igreja primitiva no nt são validadas pela arqueologia moderna (v. Atos, historicidade de; Bíblia, evidências da;

DOCUMENTOS DO N0V0 TESTAMENTO, CONFIABILIDADE DOS; N0V0 TESTAMENTO, HISTORICIDADE D0).

Fontes W. F. Albright, Archaeology and the religion of Israel.

_____, Recent discoveries in Palestine and the Gospel of St. John, em W. D. Davies e D.

Daube, orgs., The background of the New Testament and its eschatology.

_____, Toward a more conservative view, em ct (18 de janeiro de 1963).

_____, Entrevista, Christianity Century (19 / 11/1958).

___, Recent discoveries in Bible lands.

___, The biblical period.

___, The archaeology of Palestine.

___, From Stone Age to Christianity.

Η. H. Vos, Albright William Foxwell, em W.

Elwell, org., Enciclopédia histórico-teológica da igreja cristã.

OBRA:
 

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  • Elliott, Mark (2002). Biblical Interpretation Using Archeological Evidence, 1900-1930. Lewiston, N.Y.: E. Mellen Press. ISBN 0-7734-7146-4
  • Feinman, Peter D. (2004). William Foxwell Albright and the Origins of Biblical Archaeology. Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press. ISBN 1-883925-40-1
  • Finkelstein, Israel and Silberman, Neil Asher (2001). The Bible Unearthed: Archaeology's New Vision of Ancient Israel and the Origin of its Sacred Texts. [S.l.]: The Free Press, a division of Simon and Schuster. ISBN 0-684-86912-8
  • Freedman, David Noel; MacDonald, Robert B.; Mattson, Daniel L. (1975). The Published Works of William Foxwell Albright: A Comprehensive Bibliography. Cambridge, Mass.: American Schools of Oriental Research. ISBN None
  • Grena, G.M. (2004). LMLK--A Mystery Belonging to the King vol. 1. Redondo Beach, Calif.: 4000 Years of Writing History. ISBN 0-9748786-0-X
  • Long, Burke O. (1997). Planting and Reaping Albright: Politics, Ideology, and Interpreting the Bible. University Park, Pa.: Pennsylvania State University Press. ISBN 0-271-01576-4
  • Running, Leona G., and Freedman, David Noel (1975). William Foxwell Albright: A Twentieth-Century Genius. Berrien Springs, Mich.: Andrews University Press. ISBN 0-8467-0071-9
  • Van Beek, Gus W. (1989). The Scholarship of William Foxwell Albright: An Appraisal. Atlanta, Ga.: Scholars Press. ISBN 1-55540-314-X

EXTRAÍDO: ENCICLOPÉDIA DE APOLOGÉTICA - NORMAN GEISLER 

A CIÊNCIA DE INTERPRETAR A BÍBLIA - PR. MÁRCIO RUBEN
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