Refutando falsas interpretações

¹Refutando falsas interpretações

Teologia da Prosperidade. Um dos seus mestres afirma: Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança. A palavra semelhança, no original hebraico, significa 'exata duplicação de uma espécie' [...] Adão era uma duplicação exata da espécie de Deus'.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: Lemos nas Escrituras que a primeira criatura que tentou tornar-se igual a Deus foi Satanás (Is 14.12-14; Ez 28.14-16). Depois foi ao Éden e ofereceu a divinização ao homem: 'sereis como Deus' (Gn 3.5). O homem acreditou na mentira satânica e, por conta disso, trouxe desgraça sobre a humanidade (Rm 5.12). Deus e os homens são, toda­ via, de naturezas distintas (Is 31.3; Ez 28.2,9). Embora sejamos criados à imagem de Deus, não possuímos nenhum dos atributos intransferíveis ou incomunicáveis de Deus - tais como: auto- existência, imutabilidade, onipotência, onisciência, onipresença e soberania absoluta. Por exemplo: Deus é eterno (SI 90.2), mas o homem foi criado num ponto do tempo (Gn 1.26-31; Jó 38.4,21); Deus conhece tudo, até mesmo o coração do homem (Sl 147.5; Is 40.13,14), mas o homem é ignorante acerca das coisas de Deus (1 Co 1.25).

Descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17)
Ceticismo. Contrasta este versículo com Gênesis 6.6 e o ISamuel 15.10,11 para atribuir incoerência à Bíblia, por­ que o seu Autor (Deus), a quem a teologia cristã diz ser perfei­to, muda de ideia.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: O arrependimento atribu­ído a Deus, conforme registrado nos textos destacados pelo ceticismo, se refere à mudança de atitude. Em linhas ge­ rais. podemos compreender essa questão quando nos funda­ mentamos nas seguintes verdades: o homem demonstra arre­ pendimento quando apresenta uma atitude diferente daquela que o levou a praticar o mal, corrigindo-se. Mas para que essa atitude se manifeste, o homem, necessariamente, muda seus critérios, valores e conceitos. Em contrapartida, Deus muda de atitude sem jamais mudar seus critérios e estatutos. O sig­nificado da expressão "arrependeu-se o Senhor" (Gn 6.6; 1 Sm 15.10,11) é "mudança de atitude". E nada mais é do que uma indicação, em linguagem humana, de que a atitude de Deus para com o homem que peca é necessariamente diferente da atitude desse mesmo Deus para com o homem que lhe obe­dece (Jn 3.10).
 
E for batizado será salvo (Mc 16.16) COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Em oposição aos grupos que atribuem ao batismo valor salvífico. observamos clara­ mente que o texto não diz que o batismo salva. Tanto é assim que afirma "quem não crer será condenado" e náo "quem não for ba­ tizado". O ladrão da cruz não foi batizado, mas creu em Cristo e foi salvo (Lc 23.43).

O batismo é apenas um ato exterior do que já aconteceu no in­ terior da pessoa. Não tem poder de conferir nenhuma graça, an­ tes, é uma simbologia da nossa identificação com Cristo perante o mundo (Rm 6.3; Cl 2.12). Não pode ser equiparado à fé como quesito indispensável para a salvação, porque a fé não está vin­ culada a nenhuma obra de natureza humana. Por mais excelen­ tes que sejam os méritos de uma pessoa, somente a fé, da qual provém a graça, pode proporcionar vida eterna (Is 64.6; At 5.11;Rm 11.6).

 E, comendo eles, tomou Jesus pão (Mc 14.22)  Catolicismo Romano. Ensina que a eucaristia é um sacramento. Isso porque, segundo acredita, toda a substância do pão se converte no corpo de Jesus Cristo e toda a substân­cia do vinho, no seu precioso sangue. Ou seja, para os católicos, a eucaristia contém verdadeira, real e substancialmente o cor­po, o sangue, a alma e a divindade do próprio Jesus Cristo, nos­so Senhor, no pão e no vinho, utilizados como alimento espiritu­al. E vai mais longe ao afirmar que, na eucaristia, encontra-se o mesmo Jesus Cristo que ascendeu ao céu. Esta mudança, co­nhecida como transubstanciação, ocorre, de acordo com a cren­ça católica, no ato em que o sacerdote, na santa missa, pronún­cia as palavras de consagração: "Isto é o meu corpo; este é o meu sangue".
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta doutrina é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos. O bom senso não pode admitir que o pão e o vinho oferecidos pelo Senhor aos discípulos durante a ceia fossem, respectivamente, a sua própria carne eo seu próprio sangue, afinal, Jesus estava ali, em pé diante deles, vivo, em carne e osso. É manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma linguagem simbólica, que queria dizer:

"Este pão que parti, representa o meu corpo que será partido por vossos pecados. O vinho neste cálice representa o meu sangue, que será derramado para apagar os vossos pecados".

Não há ninguém, de mediano bom senso, que compreenda, como se fossem literais, as seguintes expressões simbólicas pro­ feridas pelo Salvador: "Eu sou a porta", "Eu sou a videira", "Eu sou o caminho". A razão humana não pode admitir tampouco o pensa­ mento de que o corpo de Jesus, tal como se encontra no céu (Lc 24.39-43; Fl 3.20,21), esteja nos elementos da ceia. A ceia é uma ordenança; era usado pão e náo hóstia; é um memorial, como se lê em 1 Coríntios 11.25,26.

Adventlsmo da Promessa. Declara que Jesus morreu na quarta-feira e contam mais três dias de 24 horas para afir­ mar que a ressurreição do Senhor ocorreu no sábado.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: A páscoa ou festa dos pães asmos (Lc 22.1) era celebrada (conforme o texto em estu­ do, Mt 26.17 e Lc 22.7) no dia 15 do mês de nisã (Lv 23.6). Logo, Jesus não foi crucificado no dia 14, mas no dia 15 daquele mês (mais precisamente numa sexta-feira). Marcos 15.42 declara que a morte e o sepultamento de Jesus ocorreram na véspera do sá­ bado, ou seja, na sexta-feira. Diz, ainda, que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9). A expressão 'três dias e três noites" está relacionada às declarações do evangelho de Marcos:

"depois de três dias" (8.31) e "ao terceiro dia" (9.31; 10.34). que náo se contradizem e muito menos contradizem o texto de Ma­ teus 12.40. Antes, são termos idiomáticos intercambiáveis. algo comum entre os judeus.

Jesus ficou no sepulcro parte da sexta-feira (um dia), um sába­ do inteiro (segundo dia) e parte do primeiro dia da semana (ter­ ceiro dia), ressuscitando na madrugada do terceiro dia, quando a manhá ainda estava escura (Jo 20.1).

No caminho de Emaús (Lc 24,21), os dois discípulos, em con­ versa com o Senhor Jesus, lhe falaram: "É já hoje o terceiro dia".

Assim, precisamos apenas voltar um pouquinho atrás e contar, a partir de domingo, três dias. Então, teremos a data da morte e do sepultamento de Jesus: sexta-feira, o terceiro dia.

Do ponto de vista judaico, seriam três dias e três noites, da sex­ta-feira à tarde até o domingo, pela manhã. Qualquer parte desse período era considerada um dia completo. A Mishnah, Third Trac- tate, B. Pesachim relata que "uma parte do dia é o total dele". E a Mishanh, Tractate J. Shabbath (cap. IX, p. 3) diz: "Temos um en­ sino - um dia e uma noite são um Onah, e a parte de um Onah é como o total dele". Assim, um Onah é um "período de tempo" (V. comentário de Êx 20.8).

É-me dado todo o poder (Mt 28.18) Testemunhas de Jeová. Por causa da expressão "É-me dado", dizem que Jesus recebeu tal poder de alguém que está acima dele.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em estudo afirma claramente que o Senhor Jesus tem todo o poder no céu e na terra. Em outras palavras, não há nada no céu e na terra que Jesus não possa fazer. Para Ele, não há impossível. Flli- penses 2.6-8 nos mostra que Jesus já possuía este poder an­ tes de vir ao mundo. Após ressurgir, recuperou o poder e a gló­ ria que tinha com o Pai antes que o mundo existisse (Jo 17.5).

O apóstolo Paulo diz: "Que manifestou em Cristo, ressuscitan­ do-o dos mortos, e pondo-o à direita nos céus, acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, náo só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja" (Ef 1.20-22). Como pode­ mos constatar, Jesus está acima de todo o poder, o que signi­fica que Ele é Todo-Poderoso.

Batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (28.19) 
COMENTÁRIO APOLOGÉTICO: Os unicistas dizem que esta nâo é a fórmula batismal correta e exigem o ba­tismo somente em nome de Jesus, afirmando que quem não age dessa forma não tem a salvação. Baseiam sua doutrina nas quatro passagens do livro de Atos que mencionam o batismo em nome de Jesus (2.38; 8.16; 10.48; 19.5). Mas tal argumen­to é totalmente inconsistente, visto que as passagens bíblicas a que se referem não nos fornecem uma fórmula batismal. A prova disso é que em Atos 2.38 está escrito: "Em nome de Je­sus Cristo", em Atos 8.16: "Em nome do Senhor Jesus"; em Atos 10.48: "Em nome de Jesus Cristo"; e em Atos 19.5: *Em nome do Senhor Jesus".

As versões que seguiram o texto grego de Erasmo (textus re­ceptus) trazem, em Atos 10.48, a expressão em nome do Se­nhor, como, por exemplo, a Almeida Corrigida Fiel. Dessas quatro passagens, três são diferentes, ou duas, dependendo da versão. Se estivessem revelando alguma fórmula, tais ex­pressões, por certo, deveriam ser iguais. Ou seja, o método deveria ser padronizado. Mas não é assim. O texto em estu­ do, portanto, revela apenas que o batismo deve ser feito sob a autoridade do nome de Jesus. Toda essa polêmica levanta­ da pelos unicistas resulta apenas na negação da doutrina da Trindade. A Bíblia diz que negar o Pai e o Filho traz a condena­ção (1Jo 2.22,23).

Os modalistas, por sua vez, mutilam a personalidade do Pai e do Filho com a doutrina das "manifestações", que é uma manei­ ra camuflada de negar que Jesus é o Filho de Deus (1 Jo 5.5,9). E desenvolveram a ideia de que o Pai nasceu e o Pai sofreu, sendo eles, por isso, classificados por Cipriano de "patripassionistas"; ou seja, aqueles que crucificaram o Pai. O Jesus dos unicistas e dos modalistas não é o Jesus da Bíblia (2Co 11.4). Na verdade, confundem as pessoas da Trindade. São diferentes dos unitários, que separam a substância (ou essência) da Trindade: o Pai, o Fi­ lho e o Espírito Santo são um só Deus. Ou seja, são uma Unidade composta, conforme atestam os itens dos atributos divinos a se­guir: a.) Eternidade: o Pai (SI 90.2), o Filho (Is 9.6) e o Espírito Santo (Hb 9.14); b.) Onipotência: oPai(ls14.27),o Filho(Fp3.21)eo Espiri­to Santo (Lc 1.35); c.) Onisciência: o Pai (Sl 139.1 -6), o Filho (Cl 2.2,3) e o Espírito Santo (1 Tm 4.1); d.) Onipresença: o Pai (Hb 4.13), o Fi­lho (Mt 18.20) e o Espírito Santo (S1139.7-10); e.) Divindade: o Pai (Jo 17.3), o Filho (Rm 9.5) e o Espírito Santo (At 5.3,4).

Testemunhas de Jeová. Nega  a divindade de Jesus. por isso registram este versículo, na Tradução do Novo Mundo, da seguinte maneira: "No princípio era a Palavra e a Palavra esta­va com Deus, e a Palavra era [um] deus".

RESPOSTA APOLOGÉTICA: Para essa seita, existem == dois deuses: o Todo-Poderoso, que é Jeová, e outro me­nor, que é Cristo. Para que pudessem lançar a Tradução do Novo Mundo na versão apontada, valeram-se, até 1983, da tradução de um teólogo espírita chamado Johannes Greber, Na verdade, o cerne da questão está em crermos que toda a Bíblia é inspira­ da por Deus (2Tm 3.16,17; 2Pe 1.20,21). João aponta outras re­ ferências acerca da deidade absoluta de Jesus (Jo 5.18,10.30- 33). Logo, o Verbo jamais podia ser outro deus (20.28; 1 Jo 5.20).

Isso mostra o biteísmo das Testemunhas de Jeová, contrarian­ do Isaías 43.10, que diz: "... Antes de mim deus nenhum se for­ mou, e depois de mim-nenhum haverá' . Além disso, devemos considerar o seguinte: se as Testemunhas de Jeová argumen­ tam que a ausência do artigo definido ho (o) significa que Jesus é um deus e não um Deus, por que não aplicam a mesma regra ao versículo 6, onde a referência clara a Deus Pai não é precedi­da do artigo definido?<

EXTRAÍDO DA BÍBLIA APOLOGÉTICA - ICP 

EXTRAÍDO DA BÍBLIA APOLOGÉTICA - ICP
Meu Pal trabalha até agora (Jo 5.17)
Ceticismo. Utiliza Gênesis 2.2,3 e Hebreus 4.4 para questionar a onipotência do Deus bíblico, porque, segundo afir­ma, é inepto conferir tal atributo a um "ser" que se cansa.
RESPOSTA APOLOGÉTICA:
As palavras de Jesus, neste texto, são uma poderosa ferramenta contra a argu­mentação dos céticos, que tentam diminuir a pessoa de Deus quando dizem que a própria Bíblia afirma que o Todo-Poderoso está sujeito ao cansaço, precisando de repouso físico. As expressões "cessação', "terminação da obra" e "acabamen­ to", previstas nos versículos do Antigo e do Novo Testamen­tos, estão relacionadas apenas ao exercício criacionista, não interrompendo, todavia, a infinita gama de atividades divinas (a . Êx 20.11; 31.17).
E conhecereis a verdade (Jo 8.32) Relativismo. Diz que a única verdade é que não existe verdade absoluta.

RESPOSTA APOLOGICA: Contrariando os relativistas, Jesus ratificou a existência da verdade absoluta em si mesmo (Jo 14.6). Se imaginarmos, por um momento sequer, que a verdade ab­ soluta não existe, estamos validando várias mentiras, já que não exis­ tem duas verdades quandoumase opõe à outra. Não é lógico admitir que existam verdades diferentes. Dessa forma, a minha verdade não seria apenas diferente da verdade do meu próximo, mas, também, contrária. Considere, por um instante, que Hitler matou milhares de pessoas por conta de sua campanha anti-sionista. Segundo a teoria relativista. Hitler não poderia ser condenado, pois agiu em nome da­ quilo que considerava ser a sua própria verdade. De acordo com a nossa verdade, poderia até estar errado, mas não para a dele. Este é apenas um pequeno exemplo do absurdo que propõe a teoria do relativismo, se levada às suas últimas consequências.

 

A CIÊNCIA DE INTERPRETAR A BÍBLIA - PR. MÁRCIO RUBEN
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